CIRSOC-201

Esse texto contém um resumo dos itens relacionados ao dimensionamento, detalhamento e desenho de pilar e pilar-parede no TQS de acordo com a norma argentina CIRSOC-201.

- Nos critérios gerais de pilares (arquivo PRJ-nnnn.INS), o parâmetro que define a norma adotada no cálculo de pilar e pilar-parede no TQS contempla a CIRSOC-201:2005. Assim, todos os itens descriminados a seguir somente têm validade quando essa opção estiver selecionada, lembrando que, quando a CIRSOC-201 é definida nos dados de edifício e a opção “Forçar critérios de norma” estiver ativada, automaticamente essa norma será selecionada nos critérios gerais de pilares.

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- A diferenciação entre um pilar e pilar-parede é definida apenas pelas dimensões de sua seção transversal. Quando a relação entre a maior dimensão e a menor de uma de suas lâminas for superior a 6 (critério), o elemento é considerado um pilar-parede.

- Um pilar-parede é dimensionado da mesma forma que um pilar comum, não sendo verificados os efeitos localizados de 2ª ordem previsto na norma brasileira ABNT NBR 6118.

- Apenas podem ser dimensionados e detalhados pilares com estribos comuns. Pilares com estribos em espiral não são considerados pelo programa.

- O dimensionamento das armaduras é realizado por meio de verificações à flexo-compressão oblíqua (Nu, Mux, Muy) em algumas seções de cada lance de pilar (seção do topo, base e meio). O cálculo da resistência da seção é realizado de acordo com o item 9.3 da CIRSOC-201, com Ø variando entre 0,65 a 0,9.

- Nas seções do topo e base, são considerados os acréscimos gerados pela 2ª ordem global (δs), quando necessário (sway). Na seção do meio, são considerados os efeitos locais de 2ª ordem (δns), quando necessário.

- É verificada uma dimensão mínima da seção transversal igual a 20 cm, definido no item 10.8 da CIRSOC-201 apenas para pilar; para pilar-parede, não é verificada essa condição. Quando a dimensão for inferior à mínima, é adotado um ponderador de esforços adicional igual a 1,4 (critério). Além disso, é emitido um erro grave.

- Para pilares excessivamente esbeltos, com k.lu/r > 100 (critério), é adotado um método refinado (P-Δ com EI obtido pela relação N, M, 1/r). Nesses casos, é adotado um ponderador de esforços adicional igual 1,4 (critério).

- Os efeitos globais de 2ª ordem são calculados no pórtico espacial e transferidos para os pilares. Eles geram acréscimos de esforços nas extremidades de cada lance de pilar. Há duas alternativas de cálculo (definido nos dados do edifício): P-Δ ou por meio do coeficiente Q, conforme item 10.13.4.2 da CIRSOC-201. Quando adotado essa última metodologia de cálculo, se δs > 1,5, é emitido erro grave. O item 10.13.4.3 da CIRSOC-201, onde δs é calculado pela carga crítica do pavimento, não foi implementado. O valor de Q é calculado por piso e por combinação ELU. Para pilares que abrangem mais de um piso (ex.: pé-direito duplo), é considerado o maior valor de Q.

- Cada lance de pilar é classificado como deslocável ou indeslocável por meio do coeficiente Q.

- Os efeitos locais de 2ª ordem são calculados de acordo com o item 10.12.3 da CIRSOC-201 (cálculo de Mc pelo método da majoração de momentos – moment magnification).

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- A verificação das imperfeições geométricas locais é realizada indiretamente pela verificação: M2 ≥ M2,mín.

- Os índices de esbeltez limites para verificar se os efeitos locais devem ou não ser calculados são distintos para pilares deslocáveis e indeslocáveis. Esses limites são definidos segundo os itens 10.12.2 e 10.13.5 da CIRSOC-201, e calculados pelo programa.

- Há dois tipos de cálculo de EI, com armadura e sem armadura, de acordo com item 10.12.3 da CIRSOC-201. Ambos foram adaptados no sistema e podem ser escolhidos via critério. No visualizador de efeitos de 2ª (editor rápido de armadura), é possível recalcular um pilar por ambos tipos de rigidez.

- O coeficiente βd para considerar a fluência, e que influi no cálculo de EI, é calculado por pilar/lance/combinação, de acordo com item 10.11.1 da CIRSOC-201. Os valores de βd considerados são impressos no relatório.

- No cálculo do índice de esbeltez de um lance de pilar (k.lu/r), a distância livre lu é considerada de acordo. O raio de giração r também é calculado sem simplificações. Já, o coeficiente k é definido de forma distinta para pilares considerados indeslocáveis (Q ≤ 0,05) e deslocáveis (Q > 0,05). Para pilares indeslocáveis, k é fixo e igual a 1,0. Para pilares deslocáveis é 2,0 (critério). É possível definir valores de k específicos para cada lance de pilar no Modelador Estrutural.

- As taxas de armadura longitudinal mínima e máxima, definidas no item 10.9.1 da CIRSOC-201, estão configuradas nos critérios.

- A bitola mínima definida em 10.8 da CIRSOC-201 foi configurada nos critérios.

- Quando a bitola da armadura longitudinal excede o valor do cobrimento, as armaduras longitudinais são reposicionadas na seção transversal para respeitar essa condição. O cobrimento de pilar exposto ao ambiente (critério) passou a ser considerado.

- O detalhamento dos estribos é realizado de acordo com o item 7.10.5 da CIRSOC-201.

- Nenhum tratamento especial é dado para pilares com concreto de alta resistência.