Capacidade de Carga - Tubulões
O cálculo da capacidade de carga do solo, que no caso de tubulões é a tensão de ruptura, depende das características do maciço de solo, da geometria do elemento de fundação e de sua profundidade de assentamento. Define-se então a tensão de ruptura ou capacidade de carga do sistema base do tubulão-solo pela nomenclatura  .
.
A tensão admissível do solo é obtida introduzindo-se fatores de segurança sobre a tensão de ruptura. Cada método de cálculo / autor possui seu conjunto de fatores.
A NBR 6122:1996 menciona quatro critérios que podem ser usados para a determinação da tensão de admissível  :
 :
1 - Métodos teóricos: teoria de TERZAGHI com fatores de VESIC ou outros;
2 - Prova de Carga: baseado na curva de carga-recalque;
3 - Métodos semi-empíricos: para fundação profunda, tendo-se os métodos de Aoki-Velloso, Décourt-Quaresma, etc.;
4 - Métodos Empíricos: Tabela das Tensões Básicas na NBR 6122/96 ou outras correlações (SPT).
No SISEs foram implementados dois métodos de cálculo de tensão admissível para tubulões:
1 - Formulação Teórica por TERZAGHI & SKEMPTON;
2 - Correlação Empírica por SPT;
Formulação Teórica de TERZAGHI & SKEMPTON
Para o cálculo da capacidade de carga do solo (), para tubulões, são utilizadas as expressões desenvolvidas por Skempton para argilas e por Terzaghi para areias:
Argilas
A relação para cálculo da tensão admissível é expressa por:

Cu : coesão obtida em ensaio rápido, definido na tabela 3.4;
Nc : é um fator de forma obtido em função da relação profundidade e diâmetro da base, tabela 4.1;
 , ou ,
, ou ,  sobrecarga em F/L², onde é a sobrecarga na cota j, i é a i-ésima cota de espessura unitária que possui o peso especifico , com i = 1,.., j.
 sobrecarga em F/L², onde é a sobrecarga na cota j, i é a i-ésima cota de espessura unitária que possui o peso especifico , com i = 1,.., j.
| L/D | Nc | 
| 0 | 6,2 | 
| 0,25 | 6,7 | 
| 0,50 | 7,1 | 
| 0,75 | 7,4 | 
| 1,00 | 7,7 | 
| 1,50 | 8,1 | 
| 2,00 | 8,4 | 
| 2,50 | 8,6 | 
| 3,00 | 8,8 | 
| 9,0 | 
Tabela 4.1 – Relação de profundidade e diâmetro da base com o fator de forma Nc
Areias
A relação para cálculo da tensão admissível para areia é expressa por:

Onde
  : peso específico efetivo da camada;
: peso específico efetivo da camada;
D : diâmetro da base do tubulão;
 = 0,6, ver tabela 3.1 (seção circular);
 = 0,6, ver tabela 3.1 (seção circular);
  : sobrecarga efetiva no nível de apoio limitada a um valor máximo calculado a “10*D” de profundidade;
: sobrecarga efetiva no nível de apoio limitada a um valor máximo calculado a “10*D” de profundidade;
Sq = 1,0, ver tabela 3.1 (seção circular);
 e
 e  : fatores de capacidade carga, ver figura 3.3.
: fatores de capacidade carga, ver figura 3.3.
Correlação Empírica por SPT
Este método é muito aplicado no meio técnico, onde o valor médio do SPT considerado é a média dos valores dentro do bulbo de pressões, estimado até uma distância de 2 vezes o diâmetro da base (B) (Figura 4.1).

Figura 4.1 – Cálculo do SPT médio dentro do bulbo de pressões
A relação da tensão admissível é dada por:

com

de modo que os valores desta relação deve ser limitados a:
 : argilas
: argilas
 : areias
: areias
As mesmas observações descritas no item 3.4 valem para a Capacidade de Carga do Solo em Tubulões.
