Blocos sobre Estacas
Para verificar blocos sobre uma estaca, a verificação das tensões nos blocos de concreto e o dimensionamento das armaduras são baseados no método de Blèvot ou dois métodos baseados em (Fusco, 1994).
Para verificar blocos de 2 a 7 estacas, a verificação das tensões nos blocos de concreto e o dimensionamento das armaduras são baseados no método de Blèvot, dois métodos baseados em (Fusco, 1994) ou MBT (método das bielas e tirantes) comentários do Ibracon (ABNT NBR 6118:2014 Comentários e exemplos de aplicação, 2015).
Para verificar blocos de 7 a 24 estacas, a verificação das tensões nos blocos de concreto e o dimensionamento das armaduras são baseados no método de Blèvot, dois métodos baseados em (Fusco, 1994), MBT (método das bielas e tirantes) comentários do Ibracon (ABNT NBR 6118:2014 Comentários e exemplos de aplicação, 2015).
ou no método do CEB-FIP.
Capacidade de carga nas estacas
Para dimensionar os blocos sobre estacas, o programa considera todas as combinações presentes na envoltória para fundações (ELU2).
A partir destes esforços, o programa calcula as forças normais sobre as estacas, utilizando a fórmula abaixo:
Onde:
.
No relatório de dimensionamento, o programa irá apresentar três informações importantes para o engenheiro estrutural:
Fmn: Força normal característica mínima observada na(s) estaca(s);
Fmx: Força normal característica máxima observada na(s) estaca(s);
FEq: Força normal característica máxima observada na(s) estaca(s) multiplicada pelo número de estacas.
Estimativa de altura útil
A altura útil, que é usada para o dimensionamento de blocos, pode ser estimada como um fator ou como subtraendo.
Onde:
d: Altura útil do bloco;
COEFRED: Coeficiente de redução;
ALT: Altura total do bloco;
ALTB: Altura de entrada da estaca no bloco;
DIST: Distância do topo da estaca até o centro de gravidade da armadura de tração.
Para blocos de 7 a 24 estacas, pelo método CEB-FIP, a altura útil é obtida pela expressão (a - b - c - 1,25 cm), onde:
a = altura do bloco;
b = extensão da entrada da estaca no bloco;
c = cobrimento definido.
Este valor será adotado para todos os blocos sobre estacas e, dependendo do valor adotado, o resultado do dimensionamento pode estar contra a segurança.
Consideração sobre a forma do pilar
Para calcular o ângulo da biela de compressão e a armadura principal do bloco sobre estacas, deve-se calcular a distância do pilar ao centro das estacas.
Para blocos de duas estacas e blocos retangulares de 4 a 24 estacas, é possível alterar a maneira que o programa considera a seção transversal do pilar.
Ao realizar esta mudança, o programa irá alterar a maneira de calcular a distância do pilar ao centro das estacas e, consequentemente, irá alterar a fôrma de calcular a inclinação da biela de compressão e a armadura principal dos blocos.
Para estes blocos, o programa apresenta as seguintes maneiras de considerar à seção transversal do pilar:
Quadrado equivalente
Retangular
Nenhuma
No caso dos blocos de três estacas triangular, cinco estacas pentagonal, cinco estacas disposição 2-3 e seis estacas hexagonal, é possível considerar a seção transversal do pilar como um quadrado equivalente ou a opção nenhuma.
Método de Blèvot
Para bloco de duas estacas, admite-se como modelo resistente, no interior dos blocos de concreto, a treliça indicada abaixo onde barras comprimidas são resistidas pelo concreto e as barras tracionadas pela armadura de aço:
De acordo com método, para o bloco ser rígido, o ângulo de inclinação da biela comprimida deve ser superior a 45°.
Para calcular a tensão biela pilar* (0.1), a tensão biela estaca (0.2), a tensão limite biela pilar (0.3) e a tensão limite biela estaca (0.3), utilizam-se as fórmulas indicadas abaixo:
(0.1) | |
(0.2) | |
(0.3) |
*Obs.: A tensão biela pilar é calculada conforme a fórmula indicada acima ou conforme a fórmula indicada no capítulo 3.9 que muda de acordo com a quantidade e disposição de estacas.
Onde:
Coeficiente ponderador das ações;
Coeficiente adicional ponderador das ações;
Área do pilar;
FEq: Força normal característica máxima observada na(s) estaca(s) multiplicada pelo número de estacas;
PP: peso próprio do bloco sobre estacas;
Ângulo da biela de compressão.
Número de estacas;
Diâmetro das estacas.
: Majorador da tensão admissível;
Coeficiente do efeito Rusch;
Resistência de cálculo do concreto;
A armadura principal é calculada conforme a figura abaixo mostra:
Onde:
Coeficiente ponderador das ações;
Coeficiente adicional ponderador das ações;
Resistência de cálculo do aço;
d: altura útil;
A: Distância do centro das estacas ao pilar. Esta distância varia de acordo com a quantidade de estacas no bloco.
Método A (Fusco, 1994)
Para bloco de duas estacas, utiliza-se um modelo de treliça para dimensionar armaduras e outro modelo para verificar as tensões na área ampliada, a tensão biela pilar e a tensão biela estaca.
A partir das equações das páginas 344 a 346 de (Fusco, 1994), concluímos que a profundidade x é igual:
Onde:
b: Representa a menor dimensão do pilar;
α: Representa a relação entre a maior dimensão do pilar e a menor dimensão do pilar;
ρ: Representa a taxa de armadura do arranque;
Representa a resistência de cálculo da armadura do arranque;
Representa a resistência de cálculo do concreto utilizado no bloco sobre estacas;
Representa o ângulo de espraiamento das tensões;
Coeficiente adicional ponderador das ações;
A profundidade x é limitada por:
(1) | |
(2) |
Onde:
b: Representa a menor dimensão do pilar;
α: Representa a relação entre a maior dimensão do pilar e a menor dimensão do pilar;
ρ: Representa a taxa de armadura do arranque;
Representa a resistência de cálculo da armadura do arranque;
Representa a resistência de cálculo do concreto utilizado no bloco sobre estacas.
Alt: Altura do bloco sobre estacas;
Coeficiente adicional ponderador das ações;
De acordo com método, o ângulo de inclinação da biela comprimida deve ser superior a 34°.
Para calcular a tensão na área ampliada (3.6.4), a tensão biela pilar (3.6.5), a tensão biela estaca (3.6.6), a tensão limite na área ampliada (3.6.7), a tensão limite biela pilar (3.6.8) e a tensão limite biela estaca (3.6.9), utilizam-se as fórmulas indicadas abaixo:
(3.6.1) | |
(3.6.2) | |
(3.6.3) | |
(3.6.4) | |
(3.6.5) | |
(3.6.6) | |
(3.6.7) | |
(3.6.8) | |
(3.6.9) |
Onde:
Dimensão X do pilar;
Dimensão Y do pilar;
Representa o ângulo de espraiamento das tensões;
x: profundidade de espraiamento das tensões;
Dimensão X do bloco;
Dimensão Y do bloco;
[0,85]: Critério de dimensão da área ampliada;
Coeficiente ponderador das ações;
Coeficiente adicional ponderador das ações;
FEq: Força normal característica máxima observada na(s) estaca(s) multiplicada pelo número de estacas;
PP: peso próprio do bloco sobre estacas;
Ângulo da biela de compressão.
Número de estacas;
Diâmetro das estacas;
Delta para considerar na área ampliada da estacam em cm;
Resistência de cálculo do concreto.
Critério multiplicador para resistência da biela junto ao pilar;
(1-), com em megapascal;
Critério multiplicador para resistência da biela junto à estaca;
Para dimensionar as armaduras, utiliza-se o modelo indicado abaixo:
A armadura principal é calculada conforme a figura abaixo mostra:
Onde:
Coeficiente ponderador das ações;
Coeficiente adicional ponderador das ações;
Resistência de cálculo do aço;
d: altura útil;
A: Distância do centro das estacas ao pilar. Esta distância varia de acordo com a quantidade de estacas no bloco.
Método B (Fusco, 1994)
Para bloco de duas estacas, utiliza-se um modelo de treliça para dimensionar armaduras e outro modelo para verificar a tensão biela pilar e a tensão biela estaca.
Neste método, estima-se que a profundidade x é o local onde a tensão na área ampliada é igual 20% da resistência do concreto.
Tendo em vista esta premissa, calcula-se a profundidade x, utilizando a fórmula abaixo:
Onde:
Dimensão X do pilar;
Dimensão Y do pilar;
Resistência de cálculo do concreto;
Coeficiente ponderador das ações;
Coeficiente adicional ponderador das ações;
Esforço normal característico;
Ângulo de espraiamento das tensões sob o pilar.
A profundidade x é limitada por:
Onde:
Alt: Altura do bloco sobre estacas.
De acordo com método, o ângulo de inclinação da biela comprimida deve ser superior a 34°.
Para calcular a tensão biela pilar (3.7.4), a tensão biela estaca (3.7.5), a tensão limite biela pilar (3.7.6) e a tensão limite biela (3.7.7) estaca, utilizam-se as fórmulas indicadas abaixo:
(3.7.1) | |
(3.7.2) | |
(3.7.3) | |
(3.7.4) | |
(3.7.5) | |
(3.7.6) | |
(3.7.7) |
Onde:
Dimensão X do pilar;
Dimensão Y do pilar;
x: Profundidade do espraiamento de tensões;
Dimensão X do bloco;
Dimensão Y do bloco;
Ângulo de espraiamento das tensões sob o pilar;
[0,85]: Critério de dimensão da área ampliada;
Coeficiente ponderador das ações;
Coeficiente adicional ponderador das ações;
Área ampliada;
FEq: Força normal característica máxima observada na(s) estaca(s) multiplicada pelo número de estacas;
PP: peso próprio do bloco sobre estacas;
Ângulo da biela de compressão.
Número de estacas;
Diâmetro das estacas;
Delta para considerar na área ampliada da estacam em cm;
Critério multiplicador para resistência da biela junto ao pilar;
(1-), com em megapascal;
Critério multiplicador para resistência da biela junto à estaca;
Para dimensionar as armaduras, utiliza-se o modelo indicado abaixo:
A armadura principal é calculada conforme a figura abaixo mostra:
Onde:
Coeficiente ponderador das ações;
Coeficiente adicional ponderador das ações;
Resistência de cálculo do aço;
d: altura útil;
A: Distância do centro das estacas ao pilar. Esta distância varia de acordo com a quantidade de estacas no bloco.
MBT
O MBT ou Método de Bielas e Tirantes é baseado nos Comentários do Ibracon (ABNT NBR 6118:2014 Comentários e exemplos de aplicação, 2015).
Para bloco de duas estacas, admite-se como modelo resistente, no interior dos blocos de concreto, a treliça indicada abaixo onde barras comprimidas são resistidas pelo concreto e as barras tracionadas pela armadura de aço:
A profundidade y consiste no ponto onde a tensão biela pilar é igual à tensão biela pilar limite, considerando um ângulo de espraiamento de tensões sob o pilar a 45°.
A profundidade y é limitada por:
Onde:
Alt: Altura do bloco sobre estacas.
De acordo com método, o ângulo de inclinação da biela comprimida deve ser superior a 34°.
Para calcular a tensão biela pilar (3.8.4), a tensão biela estaca (3.8.5), a tensão limite biela pilar (3.8.6) e a tensão limite biela (3.8.7) estaca, utilizam-se as fórmulas indicadas abaixo:
(3.8.1) | |
(3.8.2) | |
(3.8.3) | |
(3.8.4) | |
(3.8.5) | |
(3.8.6) | |
(3.8.7) |
Onde:
Dimensão X do pilar;
Dimensão Y do pilar;
x: Profundidade do espraiamento de tensões;
Dimensão X do bloco;
Dimensão Y do bloco;
Ângulo de espraiamento das tensões sob o pilar;
[0,85]: Critério de dimensão da área ampliada;
Coeficiente ponderador das ações;
Coeficiente adicional ponderador das ações;
Área ampliada;
FEq: Força normal característica máxima observada na(s) estaca(s) multiplicada pelo número de estacas;
PP: peso próprio do bloco sobre estacas;
Ângulo da biela de compressão.
Número de estacas;
Diâmetro das estacas;
Delta para considerar na área ampliada da estacam em cm;
Critério multiplicador para resistência da biela junto ao pilar;
(1-), com em megapascal;
Critério multiplicador para resistência da biela junto à estaca;
A armadura principal é calculada conforme a figura abaixo mostra:
Onde:
Coeficiente ponderador das ações;
Coeficiente adicional ponderador das ações;
Resistência de cálculo do aço;
d: altura útil;
A: Distância do centro das estacas ao pilar. Esta distância varia de acordo com a quantidade de estacas no bloco.