Coeficiente de distribuição de carga
O coeficiente de distribuição (CoefG) está presente nos critérios de projeto do edifício e seu objetivo é reduzir picos detensões em paredes de alvenaria estrutural.
Utiliza-se o CoefG como um método simplificado para interferir diretamente na consideração do esforço vertical para dimensionamentos de subestruturas, em cada piso, e também para transferências dos esforços, entre pisos, de um projeto.
A seguir, ilustraremos as duas opções (não independentes), controladas por critérios, para a aplicação do coeficiente Coefg:
1 – Tensão vertical para dimensionamento
Durante a etapa do cálculo das tensões verticais o programa modifica a tensão crítica da subestrutura pela tensão calculada conforme a fórmula abaixo mostra.
Onde:
Para exemplificar a utilização deste recurso, vamos montar um exemplo simples conforme a figura abaixo mostra.
; PD = 2,70 m; Alfa = 45°
A determinação do valor do CoefG é de responsabilidade do engenheiro e não existe uma literatura que eu conheça que trate sobre este assunto.
Quanto menor for o valor do CoefG, a tensão adotada na subestrutura estará mais próxima da média das tensões, nos trechos de uma subestrutura, ou seja, na subestrutura, no pavimentoem questão, o engenheiro deverá se certificar que haverá uma boa “homogeneização” das cargas verticais.
Quanto maior for o valor do CoefG, a tensão adotada na subestrutura estará mais próxima da tensão máxima, ou seja, na subestrutura e no pavimento analisado não haveria uma boahomogeneização das cargas. Portanto, será considerada uma tensão maior.
Para aplicar o COEFG desta maneira, acesse os “critérios de projeto do edifício”, marque a opção “CoefG” em “Tensões verticais para dimensionamento” e defina o valor do COEFG. Veja, no exemplo da figura abaixo, a aplicação de um coeficiente CoefG de 0,7.
Após o processamento deste exemplo, foram obtidos os seguintes resultados de tensão em cada parede, devido à propagação das cargas verticais.
Como este parâmetro altera somente a tensão vertical para dimensionamento das subestruturas, você poderá visualizar o resultado desta tensão no relatório de carregamentos, tensões e esforços horizontais no dimensionamento.
Quando você processa o edifício desta maneira, as cargas acumuladas apresentaram o resultado crítico, ou seja, não será feita nenhuma alteração/”ponderação” na carga que irá para o pavimento abaixo.
2 – Cargas acumuladas resultantes
Nesta opção, o programa modifica a tensão crítica da subestrutura pela tensão calculada e, após realizar esta modificação,ocorre à modificação da carga acumulada máxima pela carga “ponderada” pelo COEFG.
Para aplicar um COEFG desta maneira, acesse os “critérios de projeto do Edifício” e modifique as opções indicadas na figura abaixo. Neste exemplo, será imposto um COEFG de 0,5.
Após o processamento do edifício deste exemplo, foram obtidos os seguintes resultados de tensões em cada parede, devido à propagação das cargas verticais.
Calculada a tensão para dimensionamento da subestrutura, o programa altera o resultado das cargas acumuladas do pavimento. Para realizar esta modificação, é calculada a carga acumulada “ponderada” com as seguintes expressões:
8915
Por uma questão de integridade do modelo, a carga acumulada nas demais paredes da subestrutura será a carga total do pavimento menos a carga acumulada ponderada vezes o comprimento da parede onde se encontra a carga acumulada ponderada. Esta carga dividida pela soma do comprimento das demais paredes da subestrutura corresponderá à carga linear sobre as demais paredes da subestrutura.