Consideração da Ação do Vento com Separação de Torres
Podemos executar processamentos de Edifícios de Alvenaria Estrutural onde duas torres são separadas apenas por uma junta ao longo de toda a altura da edificação.
Veja na figura abaixo o corte esquemático do edifício que vamos utilizar para ilustrar como considerar de maneira aproximada a ação do vento nas direções principais atuando em um edifício com duas torres separadas:
A partir da versão 15.4, foi implementado no Alvest os coeficientes multiplicadores nas direções X e Y e sentido +X, -X, +Y e –Y para considerar, de forma aproximada, a presença de juntas em edifícios de alvenaria estrutural.
O conceito básico desta implementação é calcular as forças devido à ação do vento para cada uma das estruturas independentes de alvenaria (separadas pela junta) e aplicar nestas forças coeficientes multiplicadores simulando os efeitos da pressão e sucção do vento, conforme coeficientes da NBR 6123.
Cada um dos dois trechos do edifício de alvenaria separados pela junta é calculado isoladamente para efeito de vento. Os relatórios contendo os resultados gerais não mudam, o que ficou alterado foi o quinhão de carga que cada subestrutura suporta ao vento.
Neste texto temos um exemplo simples e ilustramos uma maneira de se utilizar os coeficientes de multiplicação/forma (Coeficientes para ventos).
Segue abaixo uma ilustração da planta de alguns dos pavimentos do edifício que vamos calcular os coeficientes, serão então duas torres e cada torre com sua respectiva força horizontal (pressão do vento multiplicada por sua respectiva área de projeção e suas respectivas dimensões).
Neste nosso exemplo a altura total da edificação é de 11,20 m e a largura inicialmente considerada será 6,69m:
Com a utilização da Tabela 4 da norma de Forças devidas ao Vento em edificações (NBR 6123:1988), chega-se aos coeficientes de forma 0,8/0,3 (ver figura abaixo).
Porém, como as torres apresentam dimensões diferentes, podemos definir algumas relações, como pode ser observado nas forças representadas nas figuras e no equacionamento abaixo para os ângulos de 0º e 180º, respectivamente:
Torre A
Vento 0º
Vento 180º
Torre B
Vento 0º
Vento 180º
A partir das equações e das figuras acima, pode se notar que, estes cálculos foram realizados de forma apenas a melhorar o entendimento do problema, como por exemplo, as forças tanto com vento a 0º quanto a 180º foram iguais a zero, pois, teoricamente, aquela região (dependendo da distância entre as torres), não recebe força de pressão nem de sucção.
Atenciosamente.
Eng. Armando – Suporte Técnico TQS.